Este blog surge a partir do módulo "Arte e Literatura: Humanidades Médicas I" do curso de Medicina da Universidade Federal do Ceará. O módulo tem por objetivo explorar, junto com as e os estudantes de graduação em Medicina, outras dimensões da práxis médica que não apenas as competências tecnológicas duras. Para isso, lança mão de recursos pedagógicos vivenciais e audio-visuais, trazendo elementos da Literatura, das Artes Plásticas, do Cinema, bem como das experiências pessoais compartilhadas pelas e pelos estudantes.
Apesar disso, hoje o blog não quer se definir. Aqui encontram-se estranhamentos e aleluias cotidianos de um contínuo tornar-se.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Para não emudecer, ou epílogo de uma revolta


A boca seca, a voz rouca, abandonada de poesia.
Escrevo agora aos tropeções
joelhos sangrando.
Para lembrar que gosto tem
dizer.
Eu, que sempre silencio,
que me esgueiro e me esvaio entre os dedos.
Permaneço imóvel
Com um "sim" sufocado entre as mãos.
E a sede que nunca passa.
Que nunca reivindica.
Que se acostumou a não ter o que beber.
Recusa o copo que se oferece.
Sobressaltos.
Aceitar a sede me ressequiu até o sonho.
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2 comentários:

  1. Jayane27 de dezembro de 2012 às 09:26

    sinto que, se jogasse o conteúdo do copo na sua cara, você se desmancharia. ainda bem que eu tenho raiva de ti. estariamos perdidos se eu não tivesse raiva de ti.

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  2. Palladino5 de novembro de 2013 às 20:08

    SENSACIONAL... <3

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