Ó Deus, livra-me do pensamento-gaiola! Outra coisa não peço, senão isto.
Quero falar pétalas de borboleta. E escrever rastros de caracóis apaixonados.
As conchinhas todas enfeitadas, apenas adivinhadas por quem lê as trilhas brilhantes.
Que eu ouça tuas sístoles com meus poros
e que eu dance a vida na quietude do silêncio, que é teu doce Mistério.
Não, nada quero entender. Quero tão somente chupar o gosto do dia.
Água-viva palpitando no compasso do não-saber que é teu oceano profundo.
Amém.