A boca seca, a voz rouca, abandonada de poesia.
Escrevo agora aos tropeções
joelhos sangrando.
Para lembrar que gosto tem
dizer.
Eu, que sempre silencio,
que me esgueiro e me esvaio entre os dedos.
Permaneço imóvel
Com um "sim" sufocado entre as mãos.
E a sede que nunca passa.
Que nunca reivindica.
Que se acostumou a não ter o que beber.
Recusa o copo que se oferece.
Sobressaltos.
Aceitar a sede me ressequiu até o sonho.