Este blog surge a partir do módulo "Arte e Literatura: Humanidades Médicas I" do curso de Medicina da Universidade Federal do Ceará. O módulo tem por objetivo explorar, junto com as e os estudantes de graduação em Medicina, outras dimensões da práxis médica que não apenas as competências tecnológicas duras. Para isso, lança mão de recursos pedagógicos vivenciais e audio-visuais, trazendo elementos da Literatura, das Artes Plásticas, do Cinema, bem como das experiências pessoais compartilhadas pelas e pelos estudantes.
Apesar disso, hoje o blog não quer se definir. Aqui encontram-se estranhamentos e aleluias cotidianos de um contínuo tornar-se.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Da Ciência e da Medicina também

"Viver é muito perigoso.
Querer o bem com demais força,
de incerto jeito, pode já estar sendo
querer o mal, por principiar.
Esses homens!
Todos puxaram o mundo para si,
para consertar consertado.
Mas cada um só vê e
entende as coisas dum seu modo."


(Guimarães Rosa - Grande Sertão: Veredas)

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Sobre a felicidade obrigatória

"Era a morte. Eu escolhi a vida."
(As Horas, Michael Cunningham)

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Dos ecos imemoriais

"A voz da poeira líquida
que vem das fontes extintas
está falando.
O orvalho repica
nas folhas e nos reflexos
que há muito não brilham.
As bocas entalhadas na rocha
são cordas tangidas pelo vento."

(Dylan Thomas/ Poemas Reunidos -- 1934 - 1953)

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Das aleluias e das agonias contemporâneas

"Um menino abandonado não chora ininterruptamente,
distrai-se a intervalos
com a formiguinha na areia,
chora,
distrai-se,
chora,
como a humanidade."

(Adélia Prado)